Rosa do deserto são designações coloquiais dadas a rochas evaporíticas, formadas nos desertos quentes. Em algumas áreas dos Estados Unidos são chamadas rocha rosa (em inglês: rose rock). Formam cristais lenticulares de grande beleza que lembram pétalas duma flor, o que está na origem do nome. Devido à sua composição, poderiam ser usada na construção, mas o seu conteúdo de areia inviabiliza esse tipo de uso, pelo que o seu interesse é puramente ornamental ou decorativo.
As rosas do deserto mais comuns são compostas basicamente por gipsita e areia (sulfato de cálcio), mas também existem algumas compostas por barita e areia. Formaram-se pela deposição em ambientes áridos e quentes devido à evaporação de águas infiltradas, marinhas ou lacustres ricas em sais. Durante o processo de cristalização, estes incorporam inúmeros grãos de areia, o que dá à rocha o seu aspeto particular, semelhante a flores, com "pétalas" com bordos afiados. Por ser comum serem desenterrados pela ação da urina dos dromedários, durante muito tempo acreditou-se que eram produzidos por essa urina.
A sua cor varia conforme a da areia que lhe deu origem. O mais usual é ser cor de areia escura, mas há também brancas no Saara tunisino, cor de fogo no Saara argelino e negras na Argentina. O tamanho das "rosas" pode variar de alguns centímetros até um metro ou mais.
Encontra-se em quase todas as zonas da Terra com clima desértico com solo arenoso rico em gipsita. No entanto, as de maior beleza encontram-se no deserto do Saara. Algumas das principais jazidas conhecidas situam-se na Argélia e Tunísia, Espanha (Fuerteventura, nas ilhas Canárias; Canet de Mar, na Catalunha; La Almarcha, Cuenca) e nos Estados Unidos Cochise, Arizona).
Por ser um mineral muito brando, a sua limpeza requer especiais cuidados, sendo aconselhável o uso de um pincel humedecido com água. Quando usado como decoração, tem que se ter em atenção o facto de soltar areia, o que exige a limpeza periódico do local onde for colocado.