Coltan é um mistura de dois minerais: columbite e tantalite. Em português essa mistura recebe o nome coulumbite-tantalita. Da coulumbite se extrai o nióbio e da tantalita, o tântalo. Este último é um metal de alta resistência térmica, eletro-magnética e corrosiva e por tais capacidades seu uso é muito difundido na composição de pequenos capacitores utilizados na maioria dos eletrônicos portáteis (celulares, notebooks, computadores automotivos de bordo). O nióbio é semelhante ao tântalo além do potencial como supercondutor. Ambos metais foram e continuam sendo fundamentais para o avanço tecnológico da comunicação portátil.
As maiores reservas de tantalita (na forma COLTAN, ou seja, junto com a coulumbite) estão na República Democrática do Congo, onde se desenvolve uma guerra civil há anos em torno da posse das minas, entre outras complicações étnicas, territoriais e políticas. A ONU apresenta estimativas desconcertantes como a que já morreram mais 4 milhões de pessoas na disputa pelo "ouro azul", além do impressionante faturamento de mais de US$250 milhões que teve o Exército de Ruanda no comércio do caro mineral, sendo que não há mineração de Coltan neste país vizinho do Congo. A mineração de columbita-tantalita provoca grandes impactos no meio-ambiente tropical do Congo, uma vez que não se tomam as devidas medidas de mitigação ambiental (fato óbvio no meio de uma região em guerra) além das minas se encontrarem próximas e algumas dentro de parques nacionais. A obtenção desses materias a partir de componentes eletrônicos é complexa e cara. Ambos metais são extremamente caros e raros na natureza.
No Brasil, as maiores reservas de tantalita encontram-se nos estados de Roraima (com predominância no sul do estado) e no Amapá.